Quando o imóvel está na planta, principalmente em lançamento quando a obra nem começou, precisamos realizar uma análise profunda e cuidadosa de todo o material gráfico – plantas, maquete e imagens – e da região para não termos surpresas desagradáveis na hora de receber as chaves.
Tais surpresas acontecem principalmente pelo não acompanhamento de um profissional corretor de imóveis comprometido com as necessidades do seu cliente. Às vezes, devido a puro desconhecimento na leitura do projeto ou pelo absurdo de ocultar detalhes importantíssimos apenas para concluir a venda.
Infelizmente, temos profissionais ruins em todas as áreas.
Pensando em ajudar você, decidimos revelar alguns pontos fundamentais para treinar o seu olhar para a sua próxima compra e que antes apenas nossos clientes tinham acesso.
Vamos a eles.
1- Bate sol?
Entender a posição do empreendimento e do imóvel no terreno e na vizinhança irá interferir diretamente na sua qualidade de vida. Em relação às vistas que terá das janelas, a privacidade, qual horário receberá o sol – se receberá -, como será o ruído do trânsito das imediações etc.
Utilize estimativas das alturas dos prédios vizinhos e de aplicativos como o Sun Tracker AR #dicaouro para checar a insolação do apartamento.
A análise dos prédios vizinhos e com a tecnologia de drones com vistas por andar, é possível ter precisão da vista que terá da sua sala, bem como a privacidade.
Outro ponto é prever os barulhos que podem atrapalhar seu sono. Para isso é preciso conhecer as fontes de ruído próximas. Como avenidas, rotas de ambulância, aeroportos, ruas de acesso ou saída do bairro, bares etc. A nossa #dicaouro é circular pela região em diferentes horários e entender toda a dinâmica da microrregião.
2- Entrar e sair da vaga será uma dificuldade
Garagens incompatíveis com os padrões dos carros dos moradores e do empreendimento é o mais comum de acontecer.
Quando falamos de um prédio de alto padrão, necessariamente teremos veículos maiores com SUVs e pickups que exigem vagas mais largas e maior área de manobra. Imagine comprar um apartamento de 3, 5, 10 milhões e passar raiva na hora de estacionar? Inconcebível.
Infelizmente, a habilidade de analisar uma planta de garagem é uma habilidade que raros corretores possuem pelo fato de ser um conhecimento muito específico.
Felizmente, como sócio fundador da SCOMPARIN e arquiteto com anos de experiência em projetos de prédios, faço questão de treinar os nossos colaboradores com este nível de conhecimento.
#dicaouro Duas dicas que deixamos é que terrenos menores que 2 mil metros quadrados tendem a ter garagens mais apertadas e ainda, verifique também no memorial descritivo qual o tamanho das vagas e compare com as dimensões dos seus veículos.
3- Circulações gerais
Atualmente na cidade de São Paulo, há exigências legais para se ter prédios de usos mistos em regiões próximas de estações de metrô. Ou seja, unidades residenciais maiores com studios e lojas ou com salas comerciais no mesmo empreendimento.
O principal conflito acontece quando temos apartamentos familiares compartilhando hall de entrada, elevadores e áreas de lazer com unidades studios. Afinal, são padrões e faixas etárias distintas, que dependendo do nível e características do prédio, podem conviver harmoniosamente ou não.
Pois, normalmente os studios são comprados por investidores para rentabilizar no modelo do Airbnb – por temporada – onde a rotatividade de pessoas é maior.
Por isso, verifique na planta do térreo se os elevadores, escadas e portarias são independentes, a fim de evitar inseguranças e conflitos futuros. Não fique satisfeito apenas com a palavra das pessoas, verifique nas plantas. #dicaouro
4- Entenda a planta
Materializar a planta é a função principal do apartamento decorado. Porém, às vezes o prédio possui mais de uma metragem de apartamento e o decorado não é da planta que se busca.
Mesmo assim, use ele como parâmetro para entender o tamanho das janelas, portas, dos ambientes comparando com a dimensões da planta que você busca.
Compare as medidas da planta ilustrada e de contrato com as da sua casa hoje, para você ter uma referência de tamanho. Compare os banheiros, os comprimentos dos guarda-roupas, largura da suíte se é compatível com o tipo de cama que deseja etc.
Ter um arquiteto ou corretor de imóveis com conhecimentos profundos de arquitetura irá tornar essa materialização mais fácil.
A #dicaouro é tomar cuidado com as perspectivas fornecidas pela construtora, às vezes elas podem distorcer a realidade da planta e fazendo os ambientes parecerem maiores do que realmente são. E fique esperto com o excesso de espelhos 😜.
5- Futuro
Por fim, morar em uma cidade do porte de São Paulo ou outra grande capital é conviver com constantes mudanças. Bairros, ruas e skylines se transformam completamente em 2, 5, 10 anos.
Analisar os vizinhos para prever o futuro e as possibilidades de novas construções é outro exercício que a SCOMPARIN realiza com os nossos clientes.
Perguntas como “a vizinhança é consolidada?”, “qual a chance deste vizinho ser comprado e subir um prédio no lugar?”, “nesse terreno ao lado é possível construir até mais ou menos qual altura?”, “como será essa avenida ou rua daqui alguns anos?”, “a rua está valorizando, estagnada ou depreciando?” são algumas que discutimos em conversas.💭
Estas são questões que podem afetar muito a sua privacidade, qualidade de vida e o valor do seu patrimônio e devem ser levadas em consideração, no nosso entendimento.
Esperamos que estas dicas preciosas tenham sido úteis para você que está comprando ou está planejando. Afinal, quanto maior o número de informações possuímos, melhores serão as nossas decisões em relação aos imóveis.
Existem outros pontos relevantes a serem observados porém esses são os principais.
👉Agora, caso sinta que precise de apoio de profissionais especializados para assessorá-lo na aquisição do seu imóvel na planta aqui em São Paulo, ao invés de simplesmente contar com a sorte de ser atendido por um corretor profissional no stand de vendas, entre em contato com a SCOMPARIN para conhecer nosso serviço premium de consultoria imobiliária.
Por Luiz Scomparin.
Corretor e arquiteto “aposentado”, formado pela UFMT, com MBA em Negócios Imobiliários pela FGV, 7 anos de experiência no desenvolvimento de prédios residenciais e comerciais em São Paulo, Investidor em studios e fanático por imóveis.